O Primeiro Passo é o Mais Difícil:

Muitas vezes, a maior dificuldade em formar uma rede de apoio é a vergonha e o medo de expor a situação. E quando você finalmente se abre, por falta de conhecimento sobre como lidar com esses casos, a pessoa que você escolheu pode não reagir da forma como você esperava, fazendo com que você se sinta julgada, insegura e com ainda mais vergonha. E aí, você desiste de procurar ajuda.

Sem contar que essa vergonha aumenta ainda mais quando você ainda está inconsciente em relação ao ciclo do abuso e acaba voltando a acreditar que é possível consertar aquela relação ou que "agora está tudo bem, passou".

Eu Sei Que Pedir Ajuda Não é Fácil!

No meu caso, eu escondi por quase 3 anos o que acontecia. Até que, em momentos de crise, eu comecei a pedir socorro, mas logo me afastava daquela ajuda, porque estava novamente na minha fase de "lua de mel"!

E confesso que eu rezei tanto, e pedi tanto a Deus para me tirar daquela situação, que um dia eu encontrei uma ajuda especializada (que inclusive eu indico abaixo) e uma pessoa que não desistiu de mim!

Como Você Pode Formar Sua Rede de Apoio

Assim como eu fiz, eu indico, acima de tudo, buscar primeiro uma ajuda especializada. Aqui estão duas opções que me ajudaram (uma paga e uma gratuita):

• paga: https://naoeramor.com.br/

• gratuita: https://www.justiceiras.org.br/

A Rede Especializada Não Anula a Rede de Apoio Pessoal!

Minha psicóloga me ajudou, inclusive, a formar a minha rede de apoio pessoal. E, gente, muitas vezes essa rede de apoio não é a família, mas sim aquela pessoa com quem você se sente confortável e segura para se abrir.

Então, comece buscando sua ajuda especializada. Depois, escolha ao menos UMA pessoa para contar o que está acontecendo. E, com o tempo, vá buscando mais e mais pessoas próximas.

Mas, Evelise, quantas pessoas eu preciso?

Às vezes, basta UMA. No meu caso, eu precisei de redes de apoio com papéis diferentes, mas que só se formaram depois que apenas DUAS me ajudaram a dar o primeiro passo: fugir de casa!

Depois, naturalmente, essas duas me ajudaram a formar todo o resto. A pessoa que me acolheu em casa, a pessoa que me ajudou a contar para a minha família, a pessoa que me fazia companhia e acompanhava dia a dia para ver se eu ainda estava segurando forte a onda, a pessoa que segurou minhas empresas até eu resolver sair… E assim por diante.

Mas eu não consegui toda essa rede até que eu fizesse o mais difícil: dar o primeiro passo. E para isso, basta UMA!

Pense hoje: quem é a UMA pessoa com quem você se sente (mais ou menos) segura (porque confortável nunca é) para compartilhar o que está realmente acontecendo?

E depois, você pode indicar os vídeos que eu deixo aqui na descrição para essa pessoa assistir, para que ela entenda e saiba, minimamente, como te ajudar!